quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A polêmica da Zara!

Oi Gente!

Ontem foi ao ar uma reportagem do programa A Liga, da rede Bandeirantes que denunciava a conhecida marca Zara por utilizar trabalho escravo. Eu estava com o computador ligado e li vários comentários sobre a polêmica reportagem.

A Zara juntamente com outras lojas (ex: H&M, GAP, RENNER, C&A, MARISA) faz parte do chamado Fast Fashion, um movimento que fez com que fábricas produzissem peças que seguem as tendências da moda e oferecem looks completos por preços, pelo menos em tese, "acessíveis". Isto resulta em alta rotatividade de prosdutos e no aumento da abrangência das peças à população, que não tem condições de seguir as novidades da moda usando marcas caríssimas e de renome internacional (ex: Dior, Diesel, Prada). Essa rotatividade deu às peças produzidas o título de " descartáveis". Entretanto, há distinção dos públicos que consomem determinadas marcas. No Brasil as peças da Zara são consumidas principalmente pela classe média-alta e faz grande sucesso entre as brasileiras "antenadas na moda".

Loja Zara

Loja Zara

Para entrar no mercado de Fast Fashion, algumas fábricas adotaram trabalho escravo para a produção rápida e em massa de suas coleções. As suspeitas de trabalho escravo já vêm de bastante tempo e, com relação à Zara, foi comprovado que há características de trabalho em regime de escravidão em países responsáveis pela produção das peças da marca.

Instalações de uma confecção que produz para a Zara - Brasil

Em Bangladesh, Turquia e Marrocos, os trabalhadores da Zara possuem jornada de 12 a 18 horas, recebendo 14 euros (cerca 32 reais) por MÊS trabalhado. No Brasil, as jornadas chegam a 16 horas e os salários ficam entre 274 e 460 reais, valor inferior ao salário mínimo no país.

Além disso, os trabalhadores são submetidos à condições sub-humanas de sobrevivência, que não atendem aos critérios básicos exigidos pelos ministérios da Saúde e do Trabalho, sendo ainda proibidos de deixar o posto de trabalho sem autorização prévia. Ou seja, os produtores realmente são escravos das linhas de produção para que a marca coloque suas peças no mercado de forma rápida e com baixíssimo custo. Algumas peças chegam a custar R$ 7,00 para o dono da oficina, que por sua vez repassa R$ 2,00 para o custureiro, por outro lado, essa mesma peça pode custar cerca de R$ 140,00 em uma loja Zara no Brasil. O caso está sob investigação da Polícia Federal e Ministério do Trabalho e Emprego e já houve audiência sobre o caso mas, os representantes da Zara não compareceram.

Sanitário de uma confecção que produz para a Zara - Brasil

"Dormitório" de uma confecção que produz para a Zara - Brasil

Este flagrante referente à Zara levanta a suspeita sobre outras grandes lojas do mundo, inclusive algumas brasileiras, e nos leva a refletir até que ponto o mundo consumista é sustentado pela escravidão de trabalhadores, inclusive de crianças. E nós, comsumidores, que papel temos diante de denúncias como esta? O que vocês pensam sobre o assunto?
Beijinhos

5 comentários:

  1. Só fiquei sabendo dessa polêmica hoje. Na verdade sobre a matéria, porque esse comportamento das empresas de fast fashion já era de se esperar.

    Aliás, acho que nesse segmento da indústria, como em tantos outros!

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  2. esse é um dos motivos que eu deixei de comprar roupas nessas lojas, não da mais pra confiar. Uma vez comprei um casaco na zara e depois de meses me deparei com um "made in camboja" :/
    No bom retiro existem vááárias confecções que exploram os bolivianos da mesma forma.

    ó http://www.reporterbrasil.org.br/exibe.php?id=1714

    Nenhuma escapa :/

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  3. Pois é meninas, isso é só o que descobriram...imaginem se investigarem mais?Com certeza veríamos o nome de muitas outras marcas famosas. A Gap também tem (como a Zara) produtos produzidos em vários países diferentes...chega a ser estranho não é? O que eu acho pior á que as empresas têm lucros exorbitantes à custa do sofrimento de pessoas que precisam trabalhar!!!

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  4. É muita exploração no mundo! Acho que a Nike, a Adidas também fazem coisas parecidas

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  5. É exploração mesmo Lela.Já ouvi falar que infelizmente a Nike vai na mesma política!!!

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